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domingo, 17 de novembro de 2013

Story of My Life #Capitulo 17 "A briga e a vitoria"




                                       #Pov (S/n)#

Eu tinha acabado de chegar da escola, e Tabatta ainda estava lá.

   -É sempre assim, (S/n). - ela me dizia enquanto almoçava - ninguém nunca vem atrás de mim.

Eu estava parada atrás dela, penteando seus cabelos cumpridos. Zayn estava ao meu lado, com a mão no bolso. Ele deu só uma passadinha pra nos ver...

   -Ai que barbaridade... - murmurei entre dentes. O olhar de Zayn foi perseguidor - não se preocupe, querida... Você gostaria de vir morar conosco?

    Ela se virou rápido, e me olhou com uma expressão totalmente desacreditada.

   -Ta falando sério? - disse com a boca cheia... Zayn e eu acenamos - sim, eu gostaria. - gaguejou.

    E foi assim que fechamos. À tarde, Zayn tinha uma reunião, e fiquei de levar Tabatta pra escola. Quem sabe lá, a vagabunda tenha pelo menos passado... Mas na verdade, eu não iria até a escola.

     -Querida... – falei baixinho, quando ela viu o detetive Travers, a doutora Joan que agora era minha advogada, e o representante do conselho tutelar, Can. Doutra Joan era loira e baixa, sorridente, e simpática. Já Can era alto, tinha uma bonita pele negra, e uma postura de lutador de Box. Totalmente intimidador... Assim que era bom. – você não vai poder contar nada disso pro papai, entendeu? É nosso segredo...

Se Zayn soubesse que eu iria entrar num bairro tão perigoso, era capaz de eu não ver o dia nascer novamente. Ele iria me encarcerar...

    -Prometo (S/n). – falou enquanto eu terminava de arrumar o vestido que eu tinha acabado de comprar.

Eu sabia que não seria fácil. Seria uma batalha terrível contra a mãe dessa menina. Mas eu tinha consciência que ela não o faria por amor, e sim por dinheiro.

Quando lá chegamos, ela atendeu a porta olhando para mim diretamente.

     -Ah, então você está ai? – ela puxou Tabatta do meu lado brutalmente. – o que você pensa que é pra desaparecer por uma noite, garota? Eu não posso perder você, entendeu?

O aperto dela no braço de Tabatta era forte.

    -Solta ela!

O olhar dela veio em direção a mim, e me mediu de cima a baixo agora, percebendo que comigo estavam três representantes da lei.

   -E quem é você? – ela encostou-se ao batente da porta, com Tabatta logo atrás de si.

   -(S/n) Malik. – o olhar de deboche dela se transformou.

    -Malik? – ela riu entre dentes – Zayn te mandou aqui, não foi? – agora ela olhou pra Tabatta – ENTÃO VOCÊ ESTAVA COM ELE, NÃO É? – Tabatta recuou uns passos. – vamos conversar mais tarde, mocinha.

    -Não, Zayn nem sabe que estou aqui... Mas de qualquer forma... – empurrei o braço dela, e entrei na casa olhando em volta. Não era uma casa acolhedora, era um lugar medonho. Não por ser humilde, e sim por ser... Estranho. – estou aqui pra levar Tabatta comigo.

    -Ah, e quem você pensa que é pra levar a minha filha de mim? – agora ela gritava, e me olhava enraivecida. Vi Can dar um passo em nossa direção, mas ela continuou na mesma postura.

    -Sou a esposa de Zayn. Ele é o pai, e pelo que eu sei você nem dá a mínima pra garota você apenas... É UMA VAGABUNDA. – escutei a doutora Joan pigarrear.

   -Esposa do Zayn? – ela cruzou os braços rindo ironicamente – então agora ele virou pedófilo, é? Quantos anos você tem? Quatorze? Eu sempre soube que ele não prestava...

Ela nem pareceu se ofender com o que eu disse.

   -Ele presta mais do que você. E agora, nós podemos cuidar de Tabatta. Por isso a quero pra nós... – ela riu novamente.

   -Você não vai tirar ela daqui. Entendeu? – Tabatta estava sentada no sofá tremendo dos pés a cabeça.

  -É ai que você se engana. – a doutora Joan entregou um envelope a ela. – essa é a doutora Joan, minha advogada. E esse... – ela olhou pra Can – é o representante do conselho tutelar, Can. Acho que tudo o que o meu detetive – apontei pra Travers – investigou sobre você é verdade. E com esse show que você deu agora está mais do que provado.

  Ela leu o documento onde dizia que Tabatta deveria ficar conosco, e um show de verdade começou.

*Depois de semanas de muito debate, delegacia, protestos e cia, eu finalmente consegui levar Tabatta para nós.*

    -Vocês vão se arrepender por isso... Principalmente você, pirralha imunda! – ela gritou para a própria filha – eu vou me vingar... Não vou deixar você em paz NUNCA mais!
Confesso que ela não me amedrontou, porém Tabatta tremeu no lugar.

   Tudo o que me importava é que eu tinha ganhado... EU E ZAYN agora, seriamos uma família completa com Tabatta ao nosso lado...

Nada podia dar errado... Ou podia?

-Nove meses depois-

Eu ainda não conseguir engravidar.

E isso me perturbava.

  -Ah (S/n)... – estávamos nós duas sentadas na cama dela, que agora tinha meu quarto como o seu, vendo umas fotos – essa aqui é de quando eu tinha um ano...

Foram as únicas coisas que conseguimos tirar da casa de Kelly. Está, que eu não via já fazia muito tempo. Fotos e Tabatta. A minha nova filha...

Eu a amava completamente, como se fosse minha de fato. Mas eu sabia que faltava alguma coisa em nossas vidas... Faltava à emoção da gravidez, os preparativos pro parto, e finalmente, a chegada de um novo bebê.

Mas parecia que eu e Zayn éramos incapazes de fazer um filho. Tentávamos há meses, e nada acontecia. Nada.

Zayn chegou, e assim que passou pela porta, Tabatta o envolveu num abraço forte. Ele foi até mim com ela no colo, e me beijou.

Eu vi nos olhos dele que soube que algo estava errado.

                                  #Pov Zayn#


    -Hora de dormir, querida... – coloquei Tabatta na cama, e vi (S/n) entrar para o quarto com uma aura negativa explodindo.

   Depois que ela adormeceu, fui encontrar (S/n) no quarto. Ela estava lá, sobre a cama, com braços e pernas cruzadas, olhando para a chuva que caia lá fora.

    -Tudo bem? – perguntei, abraçando-a de lado. – quer conversar?

Ela me olhou tristemente, e deitou a cabeça em meu ombro.

    -Eu acho que tenho algum problema... – murmurou.

    -Ah, pelo amor de Deus... – eu ri – que tipo de problema, além de me tirar do sério?

    -Acho que não posso ter filhos... – ela suspirou longamente.

   -Como assim? – ela se virou para mim, e passei o dedo sobre suas lágrimas. – é claro que você pode...

    -Então porque eu não engravido Zayn? Porque, se nós nunca usamos preservativo? Nada acontece, NADA!

   -(S/n), isso deve ser de momento... Talvez seja um aviso para esperarmos...

   -Já faz nove meses! – ela se irritou. – já sai da escola, já sei como cuidar de uma criança, e já fiz dezoito! O que mais temos que esperar?

    -Talvez o problema seja eu... – seus olhos se estreitaram.

   -Você já tem uma filha. Não tem como ser estéril. – ela tinha razão.

   -Que tal então... Praticarmos mais?

Sugeri, pensando que ela não iria aceitar. Mais ela sorriu, e me abraçou.

   -Tenho uma surpresa pra você... – murmurou mordendo os lábios, e passando as mãos pelo meu cabelo, enquanto suas pernas envolviam meu colo.

   -Tem? – ela assentiu.

   -E acho que você vai gostar... Mas pra você ver, vai ter que tirar a minha roupa... – não era problema.

Mas confesso que tudo aquilo me assustou um pouco. Onde estava a (S/n) quietinha, agora?


     (Continua...)

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