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domingo, 10 de novembro de 2013

Story of My Life #Capitulo 8 "Tranquilidade"



                                    #Pov (S/n)#

   Eu não me lembrava daquele corredor. Nem de que o elevador era tão alto. Me deu medo olhar pra baixo, já que as paredes do elevador eram feitas de vidro em todo seu arredor.

    Eu podia ver dali, quase o ultimo andar, os empregados caminhando de um lado a outro, carregando pastas, notebooks... E imaginei o porquê de Zayn ter transferido o escritório do presidente para o penúltimo andar.
   Assim que o elevador foi aberto, as pessoas passavam por mim me olhando meio torto. O que estariam pensando? Será que me reconheciam? Acho que não, passaram-se 10 anos desde que vim a Londres e entrei nessa imensa empresa
   Tirei os óculos escuros que usava, e o enfiei na bolsa, e andei até a secretária de Zayn.
    -Por favor, o senhor Zayn Malik? – a mulher era loira, alta, magra, linda. Me deu inveja, e raiva de saber que Zayn trabalhava com ela. Eu não queria meu marido perto de alguém tão... ARG! Mas espera... Eu não tenho direito sobre ele...
    -Desculpe você tem hora marcada? – ela torceu o nariz, numa voz totalmente irritante.
    -Na verdade, não. – eu achei estranha aquela pergunta.
    -Ele não pode te atender, está em reunião. Volte outro dia... – ela colocou o telefone no ouvido.
    -Hei! Eu quero falar com ele agora... Me entendeu? – neste segundo, o telefone tocou, e ela atendeu antes de me responder.
    -Senhor Malik? – disse formalmente –Não, a sua esposa ainda não chegou. – O QUE? – é eu não a vejo... – ela olhava por trás de mim. –Mas tem uma garota aqui que quer falar com o senhor... Eu disse que você não vai atendê-la e ela não vai embora... Como assim como ela chama? – ela olhou pra mim. – como você se chama? – o olhar dela de tornou amedrontado.
     -(S/n) Malik. – respondi rispidamente, a primeira vez que me refiro a mim mesma como uma Malik. O olhar dela se abriu tanto, que pensei que os olhos dela iriam saltar para fora.
     -S-senhor... E-ela está aqui. –Os olhos da moça não saiam de mim; -Claro, eu a mando entrar. – eu pude ouvir os berros de Zayn do outro lado da linha. –Desculpe senhora, pode entrar. – ela apertou um botão, e a porta de vidro de abriu.
   Seguramente, passei por ela sem nem ao menos olhá-la, e entrei onde ela me mandou.
     -(S/n)? – eu não o vi de início, mais ouvi sua voz atrás de mim. Virei-me, e o vi apertar um botão fazendo a porte de vidro de fechar e por ela, cair algo escuro como cortinas cibernéticas.
     -Você me assustou. – o local era lindo, sendo muito alto. Eu podia ver quase todo o céu da cidade dali, apenas os aviões circulavam acima de nós.
     -Não era minha intenção. – estremeci com sua voz. Ele passou a minha frente. – tenho que confessar que você está realmente bonita neste vestido. Acho que para tal roupa, é exigida uma noite bem apreciada.
     -É?
     -Sim. Pois então vamos logo comprar as suas coisas, e depois vamos jantar. – ele apanhou o smoking, e eu meio que percebi que o meu vestido era da cor da gravata dele. –(S/n)? – estendeu o braço em minha direção, e eu hesitei. –Vamos... – rápido, corri até ele e apanhei a mão.
Era obvio. A ceninha de casal apaixonado para que todos pensassem que assim era.
    Quando saímos, eu não prestava a atenção em nada a não ser no toque quente e vivido da mão grande de Zayn entrelaçada com a minha. Mas entre suspiros, observei olhares curiosos sobre nós. “nossa, como ela é nova”. Dissera alguém... “Como ela é gata.” Dissera outro alguém.
    -Está todo mundo olhando... – murmurei.
    -Esqueça... – ele revirou os olhos, e descemos com o elevador. Apertei a mão dele fortemente, e ele sorriu de canto. – é seguro. Não tenha medo...
Suspirei, e acompanhei o elevador descer. Rápido estávamos no térreo, indo para o estacionamento. O Porsche de Zayn se destacava entre todos. Ele soltou minha mão e abriu a porta para mim. Ele estava digamos que diferente... Ok, eu não me via reclamar.

                                  #Pov Zayn#

Se ela queria sonhar com um homem, que fosse comigo. E ela teria bons sonhos esta noite. Isso eu garanto!
Eu a olhei mais uma vez, e tentei enxergar a (S/n) por trás daquele vestido. Definitivamente, eu não havia visto-a tão linda desde o casamento. Aquele tom de preto me lembrava minhas cores preferidas. Fora planejado?
   Ficamos em silêncio, até que entramos no shopping do centro. Mais rápido que tudo, fomos à loja que ela queria.
    -Eu preciso de dois cadernos... – ela apanhou dois cadernos enormes com a capa cheia de animais coloridinhos, e jogou na cesta que eu carregava –Um fichário – ela pegou um com a capa se não me engano da sininho e do Peter pan –Lápis, caneta, borracha... – e assim foi. Ela era tão prática e sem frescura. Isso me agradava nela... –Pronto, acho que só faltam os livros...
    Ela tirou uma lista da bolsa combinando com o sapato que usava e começou a apanhar os livros. Eu me ofereci pra carregar é obvio... Ela era tão pequena.
   Assim que o fizemos, fomos para o caixa. Era como se ela tivesse pressa... Pressa de ir embora, ou de ficar comigo?
    -É só você colocar... – ela colocou o cartão na maquininha – digitar a senha... – cheguei perto dela e disse a senha para ela – e clicar no “Enter”.
    -É bem fácil. – ela sorriu para a atendente que não desgrudava os olhos de mim. Parece loucura, mais quando (S/n) percebeu seu sorriso de esvaiu. Apanhamos as compras, e fomos em direção ao estacionamento. –Não íamos jantar?
     -E vamos... – abri a porta malas e coloquei as sacolas ali.
     -Mas... – ela olhou para trás.
     -Não, não vamos jantar no shopping. Vou te levar a um lugar onde você se sinta a vontade com esse vestido. Ele merece ser apreciado. – pisquei, e ela me olhou surpresa.
    -Como quiser... – ela ia entrando no carro, mais eu a impedi de fazê-lo.
    -Não, como você quiser (S/n)... – senti seu olhar, e ela estremeceu.
    -Eu quero ir aonde você quer me levar... – seus lábios tremeram, e eu assenti. Abri a porta mais, e ela entrou. Dei a volta no veículo, e logo estávamos indo em direção ao restaurante.
    Será que ela não havia percebido o duplo sentido contido em suas breves palavras? Talvez eu a levasse aonde ela não quisesse ir... Mas seria impossível não querer.
     Dirigi até o restaurante mais caro da cidade.
     -O que foi? – ela olhou o local através da janela do carro diferente.
     -Meu pai sempre vinha jantar aqui quando vinhamos passar as férias em Londres. eu era criança. – sua voz era um sussurro –Eu nunca gostei de vir com ele, apesar de adorar esse lugar... – realmente o lugar era bonito e apreciável, como ela naquele momento - Ele sempre me fazia comer coisas nojentas... – fiquei confuso –Posso pedir batata frita? Eu adoro as daqui...
Sorri de canto.
     -Pode pedir o que quiser. – mais rápido que pensei, estávamos lá, numa das melhores mesas do lugar. – como foi seu dia?
     -Diferente. – seu olhar vagava pelo imenso jardim maravilhosamente decorado ao lado de fora do vidro – eu fiquei nervosa pra... Sair com você hoje. – notei um pouco de rubor em suas bochechas. – sabe como é, eu não sabia como seria em relação às pessoas...
     -Já disse pra não se preocupar. A única coisa que quero é que passemos esses próximos quatro anos bem. Até o contrato ter um fim... – questionei a existência do contrato. O que será que ela iria me dizer?
     -O contrato... – foi um suspiro, e ela ajeitou o cabelo longe do rosto. – será que você não se esquece dele nem um minuto?
Sua voz fora um tanto áspera. Quase sorri com aquilo...
     -Enquanto você se lembrar dele eu vou lembrar também. – apenas disse.
     -Eu... Eu não me lembro dele tanto assim. Me diga, o que eu faço pra te lembrar dele? – mentalmente, desejei que as palavras presas em minha mente saíssem para ela ouvir. Mas ela podia se irritar... Que seja!
     -Coisas mínimas, como por exemplo, não me desejar como marido. –os lábios dela se abriram em surpresa, e o garçom se aproximou. Pedi a primeira coisa que me veio na cabeça e virei para ela.
     -Eu quero uma porção de batatas fritas, e uma coca cola, por favor. – a expressão do garçom foi engraçada. Ele anotou, e foi embora. –Você não pode estar falando de sexo.
  A olhei assustado.
     -Quem está falando de sexo é você. Eu disse “marido” no geral.
     -Não foi bem isso que eu entendi. – o garçom voltou rápido com o jantar, e nos serviu.
     -(S/n), o que é que você tem com sexo? – enquanto mastigava, coloquei a mão frente à boca e questionei.
     -Eu não tenho nada com sexo... – ela fez o mesmo mastigando suas batatas.
     -Você não tem nada? Bom, se esse é o problema, acho que posso dar um jeito. –Eu a ouvi pigarrear, e me assustei –Você está bem?
     -Estou. – disse mais calma. Ficamos em silêncio – quer? – disse me estendendo uma batata presa ao garfo. Acho que ela notou que a comida não estava a meu agrado.
     -Obrigado. – apanhei a batata com o meu garfo –Acho que errei no pedido dessa vez. É que você me tira do sério... – ela sorriu de canto, e fingiu estar irritada.
     -Era o que me faltava! A culpa é minha... –Chacoalhou a cabeça. –Quer saber? Ser sua esposa não é tão ruim...
     -Ser seu marido também não é tão ruim. – o olhar dela me fez ficar mais calmo –Você sabe se comportar, é inteligente, sofisticada, não gosta de fazer compras... Não pensei que eu não reparei, porque eu percebi a sua pressa hoje na loja – ela sorriu de canto, e tomou um pouco de seu refrigerante. – a única parte ruim é que você só come batata frita e toma coca cola... Além de ser feia.
 Ela gargalhou, e me olhou ironicamente.
     -E você é lindo, né? – ela sabia que eu estava brincando.
    -Brincadeira. – ela sorriu – ta bom, você quer ir ver seus pais? -A Questionei, desde o casamento, os pais de (S/n) se mudaram para cá.
    -Eu poderia ficar anos sem vê-los que não ia me fazer à menor falta. – me assustei com o comentário, e foi ai que percebi que eu não sabia nada dela. Paguei a conta, e fomos em direção ao carro.
    -Ainda está chateada com eles? Quer dizer, por causa do casamento?
     -Eu nunca vou perdoar. – me senti mal com aquilo –Quer dizer, você de certa forma também não teve opção, foi vitima, mas o motivo de eu não aceitar esse casamento e me portar exatamente como sua esposa, foi que você mentiu.
    -Não, não tive opção e muito menos menti. Se quer saber, eu estava louco pra ter a minha vida como eu tenho agora. Sem depender de ninguém, e só ter que ouvir a sua opinião.
     -A minha opinião? Às vezes é meio confusa...
     -Não importa. Vou começar a pedi-la mais vezes... – de repente, estávamos em frente à casa dos Falk. (S/n) não me pareceu nem um pouco empolgada. Assim que atenderam a porta, vi uma garotinha, aquela, do Starbucks a alguns meses.
     -(S/n)! – a menininha pulou sobre (S/n), que a abraçou contente.
     -Brê! – disse depositando beijos na menina, nitidamente feliz. –Que saudades, sobrinha! Nossa, como você está grandona... Linda! – ela olhou a menina de cima a baixo. – diga Oi para o Zayn;
 Os olhos azuis da pequena se voltaram para mim, e ela sorriu.
     -Oi Zayn. Você é meu cunhado agora, né?
     -Ah... Acho que sim. – não pude evitar de sorrir. –Mas a gente já se conhecia né Brenda?.
     -É já te conheço, só não pude falar com você no casamento. – agora era a garota quem me olhava – Você parece um daqueles príncipes de contos de fada, sabe? Caraca, deixa eu conta isso pras minhas amigas... Elas vão ficar com inveja porque eu tenho um cunhado desses... – fiquei meio sem graça com o comentário, e (S/n) me olhou acenando negativamente com a cabeça –Vem, vamos falar com o vovô e a vovó. Eles vão ficar felizes em ver vocês! O Yasser ta aqui, Zayn...
 Meu pai? Ali naquela hora?
 Pude ouvir Brenda sussurrar para (S/n) “Ele é lindo mesmo em Tia.” (S/n) deu um tapinha na menina, e entramos na sala de visitas.
      -(S/n)! Zayn! –Elizabeth ficou de pé, e veio a nosso encontro. –Mas que surpresa adorável.
 Fomos abraçados muitas vezes, e (S/n) continuava a somente ligar para a irmãzinha.
     -Aqui vocês vêm, lá em casa nada... – meu pai nos cumprimentou.
     -Ah Yasser, na verdade nos saímos e resolvemos dar uma passadinha rápida. Zayn anda muito ocupado com a empresa. – ele e Henrrique nos olharam surpresos.
     -Então está dando certo? – nos olhamos.
     -Pelo visto sim... E quando vão nos dar um neto? -Elizabeth perguntou.
 Comecei a tossir, e (S/n) abriu tanto os olhos que pensei que iria cair dura no chão.
     -Acho que ainda... -(S/n) começou...
     -Vai demorar um pouco. – completei. Agora Brenda estava grudada a mim.
     -Deixa o seu tio respirar, Brenda! – eu sorri.
     -Deixa-a, Elizabeth... Porque você não vai passar uns dias em casa, Brenda? Pra fazer companhia a sua Tia? Uma semana, quem sabe? Ela fica sozinha praticamente o dia todo... O que você acha, (S/n)? – o olhar da garotinha brilhou.
    -Eu estou de férias... Ah (S/n), deixa vai... Não seja mal. – insistia.
    -Ah, por mim seria ótimo. – ela sorriu. –Você deixa, Bryan?
    -Claro. – ele suspirou – vai arrumar suas coisas, Brenda! Anda... – a menina saiu contente em direção ao quarto.
     Passar uma semana com a sobrinha de (S/n) em casa seria meio que diferente. Não poderíamos a deixar perceber a nossa vida conjugal que não existia. Teríamos que dar um jeito de sermos bem mais unidos e... Dormir no mesmo quarto.


(Continua...)

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