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sábado, 9 de novembro de 2013

Story Of My Life #Capitulo 4 "Meu verdadeiro eu"

                                Meu verdadeiro eu -(S/n)


                                                #(S/n) Pov#

Nojo.

  Deveria ser esse meu sentimento oculto por Zayn Malik. Puramente asco. Mais meus olhos enxergavam mais do que a certeza... A forma na qual ele agia, cavalheiramente, agradando a todos os convidados, sendo gentil com minha família que o tratava de forma tão falsa;
  A mim cabia a posição de noiva feliz... Observei em volta. Era a festa mais linda que eu já tinha visto, porem tudo não passava de uma farsa... Cada pedacinho; pessoas bonitas, porem falsas. Convidados felizes, que invejavam. Família feliz que não se conhecia... Noivos novos, que não se amavam.
A vergonha me dominou. Zayn caminhava em minha direção após um longo momento afastado de mim. A festa era no imenso jardim da mansão de Yasser Malik.
   Zayn flutuava com o vento conforme se aproximava, com os cabelos pretos brilhando com o sol, os olhos castanhos me encarando como se estivessem prontos para seduzir... A camisa social erguida nas mangas pelo calor que fazia... Sua altura elegante, sua presença que me atormentava.
  Eu me sentia estranha. Nua aos olhos dele... Zayn me fuzilava como se visse por baixo das rendas francesas de meu vestido... Desejando?
    -Acho que minha esposa poderia me conceder uma dança. – parou em minha frente, sem deixar de me olhar. Pisquei varias vezes cruzando os braços sobre o peito. Ele me encarava, eu podia jurar que por trás daquela expressão séria existia um sorriso... Um sorriso pronto para ver meu delírio.
    -Não sei dançar. – Minha voz saiu fraca, porém decidida. Eu estava pronta para confrontá-lo. Mostrar para meu ‘marido’ quem eu realmente era.
    -Não é um pedido... – os olhos de Zayn afundaram-se nos meus. Ele se aproximou cada segundo mais. – você entende não é? São as circunstâncias.
Eu estava entregue aos olhos escuros e maravilhosos... Lutei contra as mãos dele, mas vi câmeras explodindo em flash em nossa direção. Fotos do casal feliz. Até nisso eles erraram... Até nisso a falsidade era mutua.
     Caminhei com ele até a pista, onde todos dançavam. A musica ficou lenta de repente, e senti Zayn me puxar contra si. Eu arfei, suas mãos delicadas deslizaram-se contra meu braço cruzado sobre meu peito, até chegarem as minhas palmas. Ele as separou, cuidadosamente... Confabulando um modo talvez, de não tocar em meus seios que quase pulavam para fora do decote conforme meu peito subia e descia acompanhado o ritmo maluco de minha respiração.
   Começamos num ritmo lento... Até todos pararam para nos olhar. Eu mantinha meus olhos nos dele. Sempre... Mordi o lábio quando pisei em seu pé e ele apertou os olhos.
    -Eu disse que não sabia dançar. – murmurei duramente.
    -Não doeu. – comentou me encarando direto nos olhos – Isso foi bem pior. – naquele exato momento mordi o lábio, e notei sobre o que ele falava. Mordi o lábio mais lentamente, olhando para o chão. – não me provoca (S/n)... Eu não quero fazer algo no qual tenho direito, mas posso me arrepender.
Estávamos jogando? Terrível... A sensação quando aquelas palavras murmuradas por Zayn penetraram em meu cérebro.
    -Você não tem direito algum. – murmurei para ele – Eu sou sua no papel. Mas nunca seria de verdade... Nunca. – o sorriso dele foi fraco, porém convincente. Ele nada me respondeu...
   Eu apenas forcei meus olhos a se fecharem, e não pude evitar ver cenas em minha mente. Ver cenas que apenas imaginei... Que apenas li, que nunca experimentei. Aqueles homens de livros franceses, aquela amantes ardentes que se entregavam de forma apaixonada. Eu imaginei Zayn como um deles, másculo, delicioso... E me imaginei como um nada. Eu não era nada perto dele... Eu não podia imagina a cena.

   Zayn forçando-se para dentro de mim, enquanto minhas defesas fraquejavam. Enquanto seus lábios vagavam por meu corpo que nunca conheceu o prazer.
Era repulsivo. Era estranho. Causa-me dor. Eu chorava. E o que me restava era a auto piedade. Eu estava presa a ele para sempre... E neste para sempre eu jamais seria tocada. Eu sairia daquele casamento como entrei.
Como vim ao mundo. Sem conhecer o amor, a paixão que existia entre uma mulher e um homem. Puramente virgem.
    Foi ai que desejei voltar no tempo e não ter enrolado Diego por quatro anos. Eu poderia ter conhecido... Mesmo que não o amor, e sim o prazer. Mais eu neguei isso a ele... Neguei para entregar a Zayn. Algo que nunca aconteceria.
 O carro saia da casa dos Malik em direção ao aeroporto, pois iríamos embarcar para nossa lua de mel em questão de minutos. Mais uma idiotice. Parte do contrato.
     -Ainda bem que você tirou aquele vestido. – Estávamos calados há quase trinta minutos, enquanto atrás da proteção sem nos ver ou ouvir o motorista diria em direção ao aeroporto. – Eu já estava ficando louco.
Virei-me em sua direção instantaneamente. O que ele estava dizendo?
     -Para onde vamos? – Questionei olhando a cidade passar através do vidro. Londres ficava para trás.
     -Veneza. –Sua voz era sensual. Seu olhar era sensual... Seu comportamento, ele completo. –Você já foi à Itália?
     -Não interessa. – retruquei me acertando no assento do banco, longe dele.
     -Você tem um gênio e tanto, esposinha. –Ele chacoalhou a cabeça sorrindo levemente. Sensualmente. – vou ter que dar um jeito nisso.
     -Você não vai dar um jeito em nada. –O encarei, e vi em seus olhos a surpresa –Fique bem longe de mim.
     - Ok... Vamos ver por quanto tempo. – ele não disse mais nada. A viajem seria longa... Assim como a vida que eu tinha pela frente com Zayn Malik.
   
                                  #Pov Zayn#

    O avião decolou.
    -Você não tem medo de voar, tem? Vai continuar com esse joguinho até quando?  – a encarei.
Mas uma vez ela não me respondeu. O silêncio dela me deixava louco... Mais menos louco do que sua pele delicada, seus lábios rosados e macios...
Seu hálito que tive a breve chance de sentir enquanto dançávamos... Suas curvas pequeninas de adolescente, e seus olhos claros que brilhavam como estrelas escondidas na imensidão escurecida da noite.
(S/n) Falk... Quer dizer, Malik, me deixava louco a primeira vista. Algo que não era normal. Talvez isso fosse porque ela era a única que disse não.
     -Até quando eu quiser. – ela estava enrolada num cobertor rosa com bichinhos, vestindo óculos grandes de sol. Usava uma calça de moletom rosa clara e uma blusa branca com desenhos no mesmo tom. – boa noite.
     Ela era decididamente uma perdição... Era mais do que eu queria ter. O que me fascinava é que aquela intrigante garota ao mesmo tempo em que era sensual, era puramente menina. Eu me contentaria com uma adolescente comum de dezessete anos, que fosse mais magra que o normal, ou mais gordinha. Talvez mais alta mais baixa... Que usasse óculos, aparelho... Mas não. Meu pai pareceu escolher pra mim justo a única que não tinha nenhum desses defeitos.
A perfeita.
    Ela não era perfeita nem de longe. Era a garota mais difícil que já conheci. Ela precisava de rédeas curtas... Ou senão nosso casamento contratual não duraria tanto tempo quando era previsto. Pelo menos cinco anos eu a teria em minha cola, sob total vigilância. Eu não queria nenhum homem perto dela.
    A olhei novamente, e senti algo estranho em mim. Eu a conhecia a 10 dias e já sabia exatamente o que ela seria em minha vida. Ela seria o centro de tudo... Onde o universo giraria mais de vagar... Ela podia ter o dom de me controlar se quisesse. Bastava morder os lábios como fez enquanto dançávamos e eu perderia a cabeça.

    Mas ser controlado por mulheres não era bem meu passatempo preferido. Eu prefiro comandar... Eu sempre estou no comando. Eu era o mais velho ali, o responsável pelo contrato. Eu tinha a guarda dela sendo ela menor de idade... Eu podia fazer o que quisesse com ela.

Ela se revirou no banco, e uma mecha de cabelo loiro e brilhante escapou do amarrador que prendia seus lindos fios atrás da cabeça, perdendo-se em seu rosto tapando minha visão de seus lábios. Os óculos caíram, e eu pude ver seus olhos delicados adormecidos.

   Onde é que eu estava com a cabeça? Dando importância para uma garota em plena puberdade? Uma adolescente de cinqüenta quilos, e no máximo um metro e sessenta?
Eu estava mesmo louco... E talvez por esse motivo estiquei a mão e me livrei da barreira loira e macia que me impedia de mirar o rosto adormecido.
Ela estaria sobre meus olhos vinte e quatro horas por dia, durante os doze meses do ano, e os trezentos e sessenta e cinco dias que o compõe. Seja inverno, verão, outono ou primavera.
    Ela era minha, e eu costumo ser muito possessivo.

    A viagem terminara, e eu ainda estava lá, olhando-a como um retardado. Ela se moveu delicadamente no banco, e abriu os olhos. O espelho verde me encarou, e ela se sentou vendo que o avião pousava.
       -Que horas são? – questionou ficando sentada.
       -Oito da manhã na Itália. – Ela me observou. Eu permanecia do mesmo jeito que entrara. Fazia frio demais, a neve caia sobre a cidade. –Está com frio? - Ela me ignorou de novo. – Pois é às vezes eu me esqueço que estou conversando com uma criancinha de colegial.
     O olhar dela não podia ter me agradado mais. Encarava-me nervosa, com raiva.
       -Desculpa senhor de idade. Quantos anos você tem, vovô? Quarenta? – o avião pousou e começou o desembarque. A blusa de (S/n) era de mangas curtas, pois quando saímos de Londres estava quente. Ela tremia, já que a mala estava na esteira.
       -Eu tenho vinte  pro seu governo, esposinha. – Eu a ajudei a descer, ela se esquivou de mim. Não liguei, e continuei a segui-la. Eu já sabia o que me aguardava, na TV passavam documentários sobre a geada na Itália. Por isso vesti várias blusas e um casaco bem forte. Ela tremia dos pés e cabeça com o frio. Chegava a bater os dentes.
       -P-para de me... C-chamar d-de esposinha. –Disse tremendo. Saímos, e a neve caiu sobre nós. Ela gemeu de frio. Eu não ofereceria meu casaco, eu a faria pedir.
      -Você é minha esposinha. Eu sou seu maridinho. –Eu ria sem humor, observando o frio.
      -Será que dá pra você deixar de ser mal educado e me dar o seu casaco? Eu estou com frio, e você está muito bem, abrigado. Cheio de blusas... – adentramos a sala de espera. Demorava um tempo para liberarem as malas. Ela cruzou o braço sobre o peito para se proteger da pancada de ar frio.
      -Há esposinha... Sinto muito mais eu estou com frio. – sorri de canto – eu não vou te dar meu casaco porque eu tenho uma idéia melhor...
     Ela me olhou atenta pronta pra berrar, e foi ai que enquanto esperávamos a puxei contra mim e abri meu casaco grande demais para um apenas. Antes que ela pudesse dizer algo, passei as mãos dela sobre minha cintura, e a coloquei dentro de meu casaco. Ela exclamou algo, e então, fechei o zíper em suas costas.
     -O que você fez? – ela disse sem poder se mexer bem. As bochechas dela coraram... É, estava mais quente. Bem mais quente...
     -Melhor assim, não é? Nos dois usamos meu casaco, e aproveitamos para transmitir calor humano. Você gostou, estou vendo... Suas bochechas já estão vermelhas. – eu sorri, e ela usando os olhos me fuzilou.
    -Você não presta! Não deveria ter confiado em você! – disse entre dentes. –Agora, abre isso ai e me deixa sair. Prefiro morrer de frio que ficar dentro... Disso aqui. – ela se envergonhou.
    -Eu não iria querer que você morresse de frio, (S/n). Mal acabamos de casar... – ela abaixou o olhar de depois o ergueu com um olhar sínico.
    -Ah maridinho, como você é um amor! Idiota...


                                     #Pov (S/n)#

    Porque diabos ele tinha que cheirar tão bem? Porque a pele dele era tão... Áspera e macia ao mesmo tempo? Porque o cheiro de xampu que vinha dos cabelos dourados era tão envolvente?
   O corpo dele era tão quente... Eu podia sentir as ondas de calor saindo de seu corpo, passando pela blusa negra que eu vestia e indo parar em mim. Sendo concentrada ali, em mim, por de baixo do casado. Blusas com blusas, quase pele com pele.
    -O que foi (S/n)? – ele olhava para baixo, já que eu era baixinha e batia quase que abaixo do pescoço dele. – minha presença de incomoda tanto a ponto de te fazer ficar muda? Uau... Acho que devo te enfiar embaixo do meu casado mais vezes...
    -Não é (S/n), seu monstro, é (S/a *Seu apelido*) . – Murmurei sem querer olhá-lo. Eu estava com dor de cabeça, e o peito dele estava bem ali, a minha frente. Duro como mármore... Eu podia deitar ali... Mais o que ele iria pensar? Ele podia confundir... Eu mesma já estava confundindo.
    -(S/n) então. – suspirei, e ele gargalhou. –Você não gosta de frio, pelo que vejo...
    -Não. E também isso não te interessa... –Continuei rígida e parada com as mãos presas nas costas dele.
    -É claro que me interessa... Da próxima vez que sairmos é melhor eu trazer uma blusa do bebê. Como eu disse, não estou acostumado com crianças...
    -Agora já chega... Me larga! EU NÃO SOU CRIANÇA! – tentei me desviar, sair do “abraço” mais ele tirou as mãos do bolso e usando apenas uma dela, me imobilizou no lugar. – eu ODEIO isso...
    -Quieta. – o assunto sobre crianças o deixou meio abalado. Estaria ele escondendo algo de mim?
    -Você tem filhos? – não sei por que aquilo me veio à mente.
    -Não te interessa.  – eu sorri de canto.
    -Eu não sou a única criança que está aqui, pelo jeito.
    -Se não pode com o inimigo, (S/n), junte-se a ele.
Opa espera! Eu não era a única ali também mostrando meu verdadeiro eu. Então vamos à conclusão básica depois do casamento sobre Zayn Malik, meu maridinho que a um dia pensava que era meu amigo.
     Ele era cavalheiro moderadamente. Não parecia nenhum estuprador... Por enquanto. Era bem humorado, o único problema é que ele me usava como fonte principal de piadas. Adorava tirar sarro de mim, e era absurdamente sensual. E ele tinha um segredo... Eu pretendo descobrir.

      (Continua...)

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